Av. General Valle terá faixa exclusiva para ônibus, nesta segunda-feira (28), em Cuiabá

A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) implantou uma nova faixa exclusiva para o transporte coletivo na Avenida General Valle, em Cuiabá. A faixa começa a funcionar nesta segunda-feira (28). A Semob informou que o período educativo terá a duração de 15 dias, voltado apenas para a circulação sobre a faixa, não se aplicando a quem estacionar no local. Os veículos estacionados estarão sujeitos a autuações.  A faixa estará em operação de segunda a sexta-feira, nos horários das 6h às 8h e das 17h às 19h. Aos sábados, ela será dedicada somente durante a manhã, das 6h às 8h. Nas tardes e nos domingos, a circulação estará livre para veículos de passeio. Dados da Semob indicam que cerca de 205 mil pessoas são usuários diários do sistema de transporte público coletivo. Além desta avenida, as avenidas  Djalma Ferreira de Souza, Dante Martins de Oliveira, a antiga Avenida dos Trabalhadores e José Monteiro de Figueiredo, conhecida como “Lavapés, receberão também faixas exclusivas. 

Um panorama de desafios e avanços democráticos

GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO A democracia, como sistema de governo baseado na participação popular e na proteção dos direitos individuais, tem sido uma busca constante em todo o mundo. Ao longo da história, diferentes países têm adotado abordagens variadas para implementar e sustentar esse sistema. No entanto, a democracia global enfrenta uma série de desafios e oportunidades únicas que moldam seu desenvolvimento.  Ela, a democracia, é um conceito flexível que se adapta às culturas e tradições de cada país. Enquanto algumas nações adotam democracias liberais, outras optam por sistemas mais diretos, como a democracia direta na Suíça. Nos Estados Unidos, por exemplo, considerados uma democracia liberal, têm um sistema político complexo com “checks and balances” entre os poderes executivo, legislativo e judiciário. Por outro lado, países como a Índia praticam uma democracia mais diversificada, devido à sua vasta população e pluralismo cultural. Apesar dos avanços, a democracia global também enfrenta desafios significativos. A polarização política e a desinformação minam a confiança nas instituições democráticas. A ascensão do populismo em países como o Brasil e a Hungria ressalta a fragilidade da democracia em face de líderes que exploram as divisões sociais. A ameaça cibernética à integridade das eleições é outra preocupação, como visto nas tentativas de interferência em pleitos nos Estados Unidos e em outros lugares. Entretanto, muitos países têm buscado soluções criativas para fortalecer a democracia. A participação cidadã é incentivada por meio de processos consultivos e referendos, como visto no Canadá e na Nova Zelândia. Na Europa, a União Europeia promove e estimula padrões democráticos e direitos humanos entre seus membros, atuando como uma força unificadora. A África tem testemunhado um aumento na democracia multipartidária, embora desafios como corrupção e instabilidade política persistam, como é o caso do Níger, recentemente vítima de um golpe de estado. Na América Latina, países como Chile e Uruguai consolidaram sistemas democráticos estáveis após décadas de regimes autoritários. Por outro lado, na Ásia, a democracia coexiste com sistemas autoritários, como na Coreia do Norte. Alguns países enfrentam ameaças diretas à democracia. Em Mianmar, um golpe militar interrompeu o processo democrático já em curso, gerando preocupações sobre os direitos humanos e a liberdade. Na Venezuela, a erosão gradual das instituições democráticas levantou questionamentos sobre a legitimidade do governo. A democracia no mundo é uma mistura complexa de desafios e triunfos, variando de acordo com a cultura, história e estruturas políticas de cada nação. Enquanto os desafios da polarização, desinformação e ameaças cibernéticas persistem, os avanços na promoção da participação cidadã e na cooperação internacional oferecem esperança para um futuro democrático mais sólido.  A diversidade da democracia global é um testemunho de sua adaptabilidade e resiliência diante das mudanças políticas e sociais. À medida que os países continuam a moldar suas próprias narrativas democráticas, a colaboração internacional e a busca constante por aprimoramento são essenciais para garantir que a voz do povo seja ouvida e respeitada em todo o mundo. É preciso buscar a conscientização da população sobre a importância da consolidação das instituições democráticas, dos poderes constituídos e das organizações da sociedade civil. Partidos fortes e com plataformas governamentais bem definidas, somados a um sistema de justiça eficaz e vigilante, é um caminho bem razoável para a defesa da democracia. Sem ela, pior; com ela, um aprimoramento constante para o caminho da conformação social.  É por aí… GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO – tem formação em Filosofia, Direito e Sociologia (PPG UFMT). Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site Cuiabá Notícias.

Você tem cara de boazinha!

CAROL BISPO Você já ouviu que tem “cara de boazinha? Sabe o motivo disso acontecer? Pode parecer clichê, mas a neurociência explica. Há anos neurocientistas estudam as reações cerebrais ao enxergar linhas e formas. A mesma premissa vale para a beleza! É como se a nossa imagem transmitisse uma mensagem. Por exemplo, se você tem cara de ‘boazinha’ provavelmente se identificará com rostos que esbanjam linhas arredondadas ou finas que remetem à delicadeza e ao temperamento melancólico ou mesmo outros temperamentos fortes que se revestem dessas características. Mas você sabe quanto tempo tem antes de que o cérebro forme um pré-julgamento sobre sua imagem? Apenas três segundos! E o seu rosto pode ser responsável por até 70% da sua comunicação não verbal. É por isso que a primeira impressão é a que fica! O visagismo, ao usar as linhas e formas a favor das necessidades individuais, te ajuda a comunicar melhor a mensagem que você quer transmitir. Elementos como roupas, postura, corte e cor de cabelo podem fazer toda a diferença na hora de dizer ao outro, sem sequer dizer uma palavra. A imagem de ‘boazinha’ pode atravancar uma promoção no trabalho, por exemplo. Além disso, levará os outros a lhe subestimarem, pensando que se trata de uma pessoa passiva, indecisa e incapaz de tomar decisões firmes. Nos relacionamentos afetivos, pode levar o outro a explorar essa ‘bondade’ e até mesmo desconsiderar os desejos da pessoa ‘delicada’, o que pode levar a sérios problemas na autoestima. No caso das ‘boazinhas’, que muitas vezes são prejudicadas ou mal julgadas por supostamente não terem uma personalidade forte, uma das possibilidades é o uso de linhas de força no visual, como a horizontal, a vertical e inclinada. Com o auxílio do visagismo é possível se ‘livrar’ da imagem infantilizada e comunicar intencionalmente o que se deseja transmitir. É importante lembrar que na imagem tudo se comunica por isso seja intencional! Costumo dizer que é melhor ter uma imagem intencionalmente adequada e encontrar as portas abertas, do que manter uma imagem inadequada e mesmo tendo todo potencial, ter que provar o tempo todo que é capaz de se impor. Com esse propósito, o profissional visagista entra em ação, como um arquiteto da beleza, personalizando a imagem do indivíduo de acordo com a intenção pessoal e o estilo de vida. CAROL BISPO – é visagista, especialista em cabelos crespos e cacheados, acadêmica de Psicologia e idealizadora do método Cabelo do Dia Seguinte. Instagram: @carolbispo_visagista. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site Cuiabá Notícias.

Principal executor de jovem decapitado em Sinop é condenado a 20 anos de reclusão

Beacil Lopes do Nascimento Neto, de 28 anos, autor do homicídio do jovem capixaba Flávio Marques Ferreira, assassinado há dois anos em Sinop, foi condenado nesta semana pelo tribunal do júri, a 20 anos e seis meses de reclusão. Ele está preso na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá,  Beacil, conhecido como ‘Matemático’, foi condenado por homicídio duplamente qualificado, corrupção de menor e fazer parte de organização criminosa.  Segundo a Divisão de Homicídios da Delegacia da Polícia Civil, em Sinop, o crime foi cometido com requintes de crueldade e motivado porque a vítima, supostamente, pertenceria a uma facção rival à dos executores. A vítima era natural do Espírito Santo e foi visto a última vez pela família no dia 21 de agosto de 2021. O pai do jovem procurou a Polícia Civil e relatou que o filho foi visto com vida próximo do alojamento da empresa onde trabalhava. Neste mesmo dia, os criminosos divulgaram um vídeo mostrando Flávio já morto e com a cabeça decapitada. O pai de Flávio recebeu as imagens. Corpo localizado No dia 30 de agosto de 2021, as equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar localizaram o corpo de Flávio em uma mata, na estrada que liga Sinop à cidade de Cláudia, região conhecida como ‘pé de galinha’. A vítima estava com pés e mãos amarrados em estado de decomposição. O crânio foi encontrado a poucos metros do corpo. Durante a investigação, a Policia Civil identificou e indiciou Beacil Neto e mais duas pessoas, entre elas um adolescente. O menor foi apreendido quatro meses após o crime e cumpriu medida socioeducativa estabelecida pela Vara da Infância de Sinop. O outro adulto está foragido e ainda não foi julgado pelos crimes. O principal o autor do homicídio fugiu para Cuiabá. Em diligências para localizar Beacil, uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital apreendeu na residência dele uma arma de fogo utilizada por ele e conduziu a esposa para esclarecimentos. Em outubro de 2021, ele acabou preso por uma equipe da Força Tática, na cidade de Várzea Grande, onde ia participar de uma festa.

Um pedido de desculpas

RICARDO RIVA E GRHEGORY MAIA Em razão dos acontecimentos recentes, vimos, pela carreira de Procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, pedir desculpas. Poderíamos apresentar, quem sabe, apenas “o outro lado da história”, “os fatos que pudessem estar desencaixados” ou “os dados faltantes”, porque é o que normalmente se vê em falas após “certos” episódios. Afirmamos que poderíamos… Todavia, é por isso e, justamente, contra isso que vamos nos manifestar. Não se pode negar que vir aqui, diante de tudo, e pedir desculpas poderia, para alguns, ser motivo de algum constrangimento, mas não para nós. É preciso tocar na ferida.  Não há justificativa para o injustificável. Disso, sabemos. Sejamos honestos, as mulheres, os sujeitos que aqui mais importam, estão cansadas de pedir o mínimo, de escutar, até mesmo dos que desejam ser aliados de sua luta, frases como “porque eu tenho mãe”, “tenho irmã”, “não há vida sem a mulher”, entre outras. É possível notar, portanto, quase que sempre um respeito baseado em razão de algum “motivo”, algum “porquê”, sendo que a questão é, de certo modo, anterior. Não há complemento. As mulheres merecem respeito porque são mulheres. E só. Parece simples, né? Por isso, é dispensável e, também, pouco frutífero, os argumentos utilitaristas que buscam colocar, mesmo que de modo oculto, o homem no centro do debate. Posicionam a mulher como um “meio” (para chegar no homem) e não um “fim em si mesmo”. Perguntamos, contudo: as mulheres não seriam, igualmente, dignas dos postulados kantianos[1]? Expor esse pensamento e trazer um lado crítico diante de tais posturas se apresenta como caminho possível para que o Poder Público consiga, cada vez mais, atuar conjuntamente nessa luta que esbarra, inevitavelmente, no reconhecimento da necessidade de uma nova abordagem, inclusive da nossa parte. É indispensável que seja promovida uma reflexão sobre o tema de forma mais responsável. Partindo de uma linha história, a trajetória da mulher sempre foi marcada por batalhas e privações, tendo sido concebida, por muito tempo, como apenas um objeto, sem direito à opinião ou ao voto. Os tempos de hoje não são os mesmos de outrora. Porém, ainda persiste a luta pelo reconhecimento de sua dignidade humana. E a questão que ora se coloca é a de que as condutas do âmbito público podem contribuir para mudar os comportamentos e criar, realmente, uma cultura baseada no respeito.   À vista disso, aproveitamos a oportunidade para saudar a instituição da Procuradoria Especializada da Mulher no Poder Legislativo estadual, que representou um marco dentro do nosso Parlamento na defesa desta causa. A referida ação é, sem dúvida, um grande passo para zelar pela participação mais efetiva das deputadas nos órgãos e nas atividades legislativas, pela execução de programas que visem à promoção da igualdade de gênero, além de fiscalizar e acompanhar as denúncias de violências. É inegável que existe um longo trajeto a ser percorrido a fim de que se alcance, de fato, o direito da mulher de viver, em todos os âmbitos, sem violência. Precisamos e procuremos evoluir. Não há outro caminho. Para finalizar, ensina-nos a linda e poética canção “Maria, Maria”, mulheres, na pessoa do símbolo “Maria”, merecem viver e ser amadas como outra qualquer do planeta, “mas é preciso ter manha, é preciso ter graça, é preciso ter sonho sempre; quem traz na pele essa marca; possui a estranha mania de ter fé na vida”. Tenhamos fé que um dia praticaremos o maior exercício humano: respeitar o próximo, em sua inteireza. Sonhos se tornarão realidade! Ricardo Riva e Grhegory Maia – são procuradores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site Cuiabá Notícias.