Fávaro diz que não há risco de qualquer restrição comercial após casos de gripe aviária no Brasil
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que não há risco de nenhum tipo de restrição comercial ao Brasil em virtude da identificação dos dois primeiros casos de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) em duas aves silvestres no litoral do Espírito Santo. “Quero dizer à indústria de carne de aves, em especial, que não há risco de nenhum tipo de restrição comercial porque são aves silvestres, o sistema está funcionando, mas temos que dar clareza, transparência e agilidade para continuar com nosso sistema de defesa sendo reconhecido como eficiente para os nossos produtores”, afirmou Fávaro, em vídeo divulgado no Instagram. Gripe aviária em aves silvestres O ministério confirmou, na segunda-feira (15), a identificação da influenza aviária H5N1 na semana passada em duas aves silvestres da espécie conhecida como trinta-réis-de-bando no litoral do Espírito Santo. A infecção em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre de influenza aviária de alta patogenicidade e os demais países-membros da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) não devem impor proibições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, segundo a pasta. De acordo com o ministro, os casos de gripe aviária foram identificados em duas aves que estavam a uma distância de 130 quilômetros – ambas no litoral do Espírito Santo. “Tomamos todas as providências. Quero agradecer ao governador Renato Casagrande (PSB-ES) e a todas as suas equipes das secretarias estaduais, que, conectadas com o Mapa, fomos ágeis na coleta dos animais e na confirmação do laboratório”, relatou. “Não há risco para a nossa alimentação. Mas, reforço, se avistar alguma ave doente, evite contato e chame o serviço veterinário”, destacou o ministro na publicação. Com informações Canal Rural
Inscrições para o 46º Jogos Estudantis Cuiabanos podem ser feitas até o dia 23 de maio
Futsal, voleibol, basquetebol, handebol, tênis de mesa, wrestling, ginástica rítmica, vôlei de praia, badminton, ciclismo, judô, atletismo, natação, taekendo, ginástica artística, karatê, tiro com arco, voleibol, basquetebol, futsal, handebol, karatê e xadrez. Essas são as modalidades presentes na 46º Edição dos Jogos Estudantis Cuiabanos- JEC’s promovido pela Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer. Os interessados têm até o dia 23 de maio para garantir a participação no evento esportivo que integra o calendário de eventos na capital. O endereço eletrônico é o http://sede.cuiaba.mt.gov.br/publico/index. O link está disponível no site oficial da Prefeitura de Cuiabá- https://www.cuiaba.mt.gov.br/. Já foram contabilizados 27 inscritos. Poderão participar todos os atletas devidamente matriculados em unidades escolares da rede Estadual, Municipal, Privada e Instituto Federal. Tanto as escolas quanto os alunos terão uma ficha individual de cadastro. A plataforma virtual oferece ferramentas autoexplicativas para que as inscrições sejam realizadas de forma prática com a criação de um login e senha. Todos os documentos exigidos podem ser anexados junto ao banco de dados do site, basta apenas tirar uma foto legível da documentação e fazer o upload das imagens. As inscrições também podem ser realizadas de forma presencial com a entrega das documentações de inscrição e fichas das modalidades, em duas vias devidamente preenchidas e assinadas pelos responsáveis para a Comissão Organizadora na Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, localizada na Rua Barão de Melgaço, número 3677, com atendimento de segunda à sexta-feira. das 8h às 12h e das 14h às 18h. O Regulamento Geral foi publicado na edição do Gazeta Municipal desta quarta-feira (10). O encontro tem como finalidade promover a integração social e revelação de grandes talentos. Informações apenas pelo Whatsapp: 65 98468-7325 Clique no link abaixo para visualizar o regulamento na íntegra: regulamento Jogos Estudantis Com informações da Assessoria
Sema nega pedido de licença ambiental para construção de PCHs no Rio Cuiabá
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) negou o pedido de Licença Prévia para a construção do complexo de seis Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) projetadas para o Rio Cuiabá. O edital de indeferimento e arquivamento definitivo será publicado na próxima edição do Diário Oficial. “A Sema analisou o processo de licenciamento de acordo com a sua atribuição constitucional de avaliar os impactos e a viabilidade ambiental dos empreendimentos. A equipe técnica multidisciplinar designada considerou toda a legislação vigente, o estudo da Agência Nacional de Águas e todo o arcabouço técnico de avaliação da viabilidade do empreendimento”, afirma a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti. Um dos principais pontos é que a área requerida para a implantação do empreendimento foi considerada Zona Vermelha pela Agência Nacional de Águas (ANA), e o empreendimento, portanto, inviabilizaria a reprodução das espécies no período da piracema e a continuidade da pesca. A secretária adjunta de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos, Lilian Ferreira dos Santos, ressalta que a comissão multidisciplinar é composta por mestres e doutores de diversas áreas de conhecimento. “Foram considerados também para a análise os impactos cumulativos e sinérgicos na bacia, ou seja, o impacto atual e futuro. Os impactos previstos são de tal magnitude que inviabilizam a instalação dos empreendimentos”, explica. Dez profissionais compõem a equipe da Sema com as seguintes formações: biologia, geologia, engenharia civil, engenharia agronômica, engenharia florestal, engenharia sanitária/segurança do trabalho, advocacia e engenharia ambiental. “Os impactos ambientais negativos superam os impactos positivos, pois só a geração de energia não é suficiente para caracterizar como um empreendimento ambientalmente viável. O impedimento para a reprodução dos peixes e a extração do bem mineral, como areia, também são relevantes, e são apenas alguns impactos negativos que o empreendimento impõe e não são mitigáveis”, destaca o superintendente de Infraestrutura, Mineração, Indústria e Serviços da Sema, Valmi Lima. Os estudos apontam que a retirada de areia, cascalho e argila, importantes para a construção civil de Mato Grosso, ficariam “seriamente impactadas”, considerando a construção dos barramentos, trazendo impactos econômicos para a população local. Impactos inviabilizam PCHs Foram analisados os Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) fornecidos pelo empreendedor, além de visitas técnicas realizadas pela Sema-MT nas áreas afetadas entre os dias 2 e 6 de maio deste ano. Os principais impactos apontados são a alteração do leito original do rio; da velocidade da água; da qualidade da água; ocupação do solo pela formação do lago; modificação da fauna e flora aquática; vazão residual no trecho seco do rio e impactos socioambientais no turismo e na pesca. Para o estudo apresentado pela ANA, foram utilizados vários métodos científicos, com análises realizadas por 83 pesquisadores entre outros envolvidos, nos seguintes temas: hidrologia; qualidade da água e sedimentologia; ictiofauna; e socioeconômica e energia em nível da Bacia Hidrográfica do Alto rio Paraguai. Os pesquisadores definiram uma área estratégica para a reprodução dos peixes migradores, que deve ser mantida sem barramentos. Os resultados demonstraram que ao se construir PCHs na Zona Vermelha, a conectividade do planalto com a planície cairá dos atuais índices de 90% para 15%. Esta perda de conectividade ocasionará a interrupção da rota migratória necessária para garantir o sucesso reprodutivo das espécies migradoras da bacia do rio Cuiabá, que são as espécies que sustentam em cerca de 94% da cadeia produtiva do setor pesqueiro. Quanto à fauna e flora do entorno, o relatório da Sema-MT afirma que caso ocorra a fragmentação das Áreas de Preservação Permanente, ocasionaria a redução de habitat e de conectividade entre os corredores ecológicos, o que traria alterações “drásticas” para a fauna terrestre. “Os fatos supracitados reforçam que o empreendimento possui inviabilidade ambiental e social desde a sua concepção na fase de instalação e sua operação devido a alteração nas margens do Rio Cuiabá”, diz trecho da conclusão do relatório técnico emitido pelo órgão ambiental. Ainda existe a presença de espécies raras e vulneráveis nas localidades do projeto, por isso, as áreas devem ser consideradas prioritárias na conservação da biodiversidade. Foi relatada a presença de felinos, que por ser um grupo estritamente carnívoro, que se alimenta de outros animais e é o grupo mais sensível para as alterações propostas. “Entende-se que os impactos apresentados podem lesar a população ribeirinha composta por pescadores profissionais e por aqueles que tiram do rio sua subsistência, tendo-o como uma fonte de renda. Essas populações teriam seus modos de vida alterados, bem como reduziria o potencial piscoso do rio”, afirma o relatório da Sema. Conforme o estudo, a Área Diretamente Afetada (ADA) do empreendimento é composta por 567 propriedades atingidas pelos reservatórios, pelas APPs ou pelas estruturas de apoio das obras. Há ainda seis comunidades Quilombolas na área de influência do empreendimento. Portanto, haveria a desapropriação da população ribeirinhas e propriedades rurais seculares instaladas na região. Com informações Assessoria
Câmara abre CPI para investigar desconto no salário dos servidores municipais de Cuiabá
A Câmara de Cuiabá publicou, nesta terça-feira (16), a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos consignados, que irá investigar supostas irregularidades nos descontos dos empréstimos dos servidores públicos da Capital. Na prática, o prazo de 120 dias para o início das investigações começa a contar hoje. A publicação é assinada pelo presidente da Casa, vereador Chico 2000 (PV). A Comissão tem como presidente o vereador Pastor Jeferson Siqueira (PSD), relator Marcus Brito Júnior (PV) e membro Rogério Varanda (MDB). Como suplentes estão os vereadores Kássio Coelho (Patriota), Luis Claudio (PP) e Sargento Joelson (PSB). A medida é reflexo da denúncia realizada pela professora Rosália Ferreira, servidora aposentada do município, que acusou a Prefeitura de Cuiabá, de descontar valores referente a empréstimos consignados do salário, mas não sendo repassado às instituições financeiras. Rosária conta ainda, que além dela, outros colegas tiveram os nomes inseridos em órgãos como o SPC e Serasa. Conforme a publicação, a CPI terá 120 dias para concluir os trabalhos, podendo o prazo ser estendido por mais 120 dias.
A mão invisível que estala o chicote
Correu pelo Brasil e pelo mundo a imagem da ex-jogadora de vôlei que desferiu chicotadas contra as costas do motoboy Max Angelo dos Santos, honesto e trabalhador homem negro e entregador de aplicativos no bairro nobre do Leblon, no Rio de Janeiro. Já é bem conhecida a clássica teoria de Adam Smith, para quem a mão invisível do mercado autorregularia de maneira espontânea a oferta e a demanda de bens e serviços e o equilíbrio de seus preços, sem que houvesse a necessidade de intervenção do Estado na economia. Sem entrar no mérito do seu acerto ou dos seus equívocos, o que é uma discussão para os economistas, e que não nos cabe neste limitado artigo. Por outro lado, assim como o mercado seria autorregulado por sua mão invisível, os milhões de negros brasileiros sabem perfeitamente que o chicote que estalou nas costas de Max Angelo foi movido não somente por sua agressora, mas também pela mão invisível e dissimulada do racismo brasileiro, tão presente e que permeia a nossa sociedade desde os tempos coloniais. Por mais que alguns não entendam e ainda acreditem na fábula de que o Brasil é uma democracia racial, a mão invisível do racismo é bem real e existente no cotidiano dos 56% de negros da nossa população. Como as imagens não mentem, a agressora é quem procura Angelo e outros trabalhadores em seu local de trabalho, e lhes desfere as mais injuriosas ofensas verbais, carregadas com todo seu torpe ódio racista. Despreza o humilde serviço por eles desempenhado, como se por isso pudessem ser menosprezados a uma condição inferior, e como se sua suposta superioridade de moradora do Leblon lhe autorizasse, passa a agredi-los com tapas, chutes e as chicotadas que a memória escravista entende como normais a negros subalternos. Os torpes costumes normalizados por mais de três séculos e meio de escravidão não são fáceis de serem superados. A canetada da princesa Isabel em 13 de maio de 1888 apenas foi o ato final e culminante de séculos de lutas e insurreições de negros que nunca deixaram de lutar por sua liberdade, e do movimento abolicionista que fervorosamente tomava conta do Brasil pelo fim da escravidão. E apesar de positiva, a Abolição foi insuficiente e capenga, pois se trouxe o fim formal da escravidão, de outro lado não veio acompanhada da necessária integração dos milhões de negros libertos com os meios que para tanto seriam necessários, e continuaram sendo segregados e discriminados por sua cor, por seu analfabetismo, por lhe serem determinados os mesmos trabalhos de mão de obra barata e sem qualificação, e sem nenhuma indenização e apoio material que lhes desse sustento digno e aos seus descendentes, e foram sendo jogados e abandonados nas favelas distantes que começavam a surgir, em substituição às extintas senzalas. O invisível racismo nacional então se manifesta silenciosamente, sem autodeclaração segregacionista, mas maldosamente eficiente, estimulando a entrada de milhões de europeus para serem a principal força de trabalho nas lavouras de café, no comércio e na incipiente indústria brasileira, reservando-lhes assim as melhores oportunidades, as melhores carreiras e possibilidades de ascensão, e os melhores salários, e consequentes melhores condições de vida e de suporte à sua descendência, gerações após gerações. Com o fim da escravidão e o fim, portanto, da possibilidade de se explorar livre e sem custos sua mão de obra, não há mais necessidade de se tolerar toda aquela população negra e miserável; embranquecer a população nacional passa a ser um dos objetivos primordiais e oficiosos do Estado brasileiro, ainda que não expressamente declarado como uma política segregacionista oficial. E a prova provada dessa intencionada finalidade de escantear a população negra, pode ser observada no Decreto n°528, de 28 de junho de 1890, logo após portanto à Abolição, e um dos primeiros atos normativos da incipiente República, em que já em seu primeiro artigo se declara livre a entrada no Brasil de indivíduos aptos para o trabalho e – grife-se – “à exceção dos naturais vindos da Ásia e da África”. Política de embranquecimento esta continuada através do Decreto-Lei n°7967, de 18 de setembro de 1945, já na era Vargas, pelo qual deveria ser atendido, na admissão de imigrantes, “à necessidade de preservar e desenvolver, na composição étnica da população, as características mais convenientes da sua ascendência europeia, assim como a defesa do trabalhador nacional”. Para bom entendedor, um pingo é letra em se captar a real intenção por trás da expressão “características mais convenientes da sua ascendência europeia”, ficando muito evidente o racismo entranhado na então legislação do País. Como tão característico da dissimulação nacional, só faltou àquelas normas estabelecer expressamente que era permitida a entrada, apenas, de trabalhadores europeus, e proibida a entrada de novos contingentes africanos, não mais úteis com o fim formal da escravidão, o que era a intenção mal disfarçada, porém desejada, pela elite nacional. E assim nós percebemos que nos pouco mais de 500 Anos de nossa Nação, mais eficiente que a mão invisível do mercado, foi sempre a mão invisível e subterrânea do racismo brasileiro, sempre pronta e determinada para estalar o chicote da desigualdade social, do desemprego e do subemprego precarizado e exaustivo, da desassistência, das moradias indignas e sem serviços comunitários básicos, da escolarização deficiente e que não lhes possibilita libertar-se dos grilhões econômico-sociais que lhes são secularmente destinados. A mão invisível do racismo brasileiro ainda estala forte o chicote diariamente no lombo dos milhões que constituem a imensa maioria da população brasileira. Pelo menos, porém, para provar sua existência, é cada vez mais filmado na era do smartphone. Por isso, o treze de maio não é apenas uma data comemorativa, segue sendo, principalmente, uma data de conscientização e de luta contra um destino tão perverso. Wagner Antonio Camilo – promotor de Justiça de Mato Grosso.
Nasceste predestinado
A aproximadamente três anos que uma das teorias de Alfred Adler tem se convertido na prática aqui pelas bandas do centro-oeste brasileiro. Curioso é que não é o protagonista que sente os sintomas, mas sim os coprotagonistas. É atribuído a Adler os estudos sobre o complexo de inferioridade, que aqui no texto denominarei de síndrome de pequenez, que segundo ele é um sentimento enraizado na experiência de fraqueza, desamparo, dependência por outrem, e intensificada por comparações com outros. Pois bem, após mais de três décadas o estado de Mato Grosso voltou a ter um time na elite do futebol brasileiro e de uns três anos para cá tenho ouvido com certo grau de superlatividade, seja de amigos, torcedores cuiabanistas, amantes do futebol, da imprensa local e mais ainda da imprensa nacional de que o time do Cuiabá está com os dias contados para o descenso. Por que isso acontece? Seria o time cuiabanista, realmente, mero coadjuvante diante de gigantes do futebol? Tal qual, coadjuvante por coadjuvante, o que dizer então, nos dias atuais, de times como Goiás, América, Coritiba, Bahia, RB Bragantino e até mesmo Vasco da Gama? Ou seria pequenez por parte da própria estrutura do time do Cuiabá e de seus torcedores? Creio que seja um misto de ambos, porque as duas partes possuem parcela relevante quando o assunto é desvalorização do debutante da elite do futebol brasileiro. Vejamos, os torcedores ao invés de enaltecer, orgulhar-se, ficar feliz, convidar familiares e amigos para ir à Arena Pantanal para torcer e defender o Dourado e até mesmo para aporrinhar o árbitro e adversário. Não. Ele prefere assistir os jogos passivamente. As vezes chego a pensar que aquilo seja um templo religioso, tamanho é o silêncio do torcedor cuiabanista. No jogo entre Cuiabá e Grêmio, o painel eletrônico da Arena divulgou pouco mais 22 mil torcedores, desses, pouco mais 2 mil eram torcedores do time gaúcho e curiosamente esses poucos gremistas faziam mais barulho do que os 20 mil cuiabanistas. A síndrome de pequenez é ruim. Temos que parar com a verbalização do tipo “dessa vez o time cai”, “esse ano não escapa” e tantas outras falas pejorativas. Tal comportamento, por parte de muitos, prejudica deleteriamente aquele que está proporcionando momentos de alegria, distração e levando o nome da Cidade e do estado de Mato Grosso para o cenário mundial, pois o campeonato brasileiro da Série “A” será transmitido, em 2023, para mais de 145 países. Os torcedores e demais envolvidos tem que pensar que o Cuiabá é um time com pouco mais de 20 anos de idade, jogando contra times centenários de tradições seculares. E mesmo com toda essa jovialidade, tem brigado firme e forte até de igual para igual contra os gigantes. A diretoria do Dourado, às vezes, merece elogios face sua visão empreendedora. Erra? Claro que erra. Assim, como erra a diretoria do Flamengo, como erra a diretoria do Palmeiras, como errou a diretoria do Atlético Mineiro e tantas outras. Então, ao invés de criticarmos, vamos dar nossa parcela de colaboração indo à Arena para incentivar nosso representante na elite do futebol. Pois, o povo mato-grossense foi durante 36 anos, desde a época do Operário várzea-grandense, carente de um time na elite do futebol nacional. E quando esse tabu é quebrado, o que acontece? Há 3 anos o que se vê é uma Arena praticamente vazia. O grande palco do futebol mundial, proscênio de Copa do Mundo, só recebe público considerável quando pelo seu gramado desfilam os grandes do nosso futebol. E isso só acontece porque nos assentos destinados, em tese, ao torcedor cuiabanista estão também torcedores “infiltrados”. Ou quem não assistiu Cuiabá e Flamengo ou Cuiabá e Grêmio ou Cuiabá e São Paulo ou Cuiabá e Palmeiras? A maioria dos que ali estavam nos assentos destinados ao Dourado, eram sem sombra de dúvida, torcedores adversários. Por que isso acontece? Ingresso caro para o torcedor adversário? Talvez. Ou seria a pequenez por parte dos responsáveis face a ausência de verificação mais aguçada nas catracas com o intuito de impedir o acesso à Arena de torcedores com camisa de outros times? Ou seria menosprezo do próprio torcedor cuiabanista? Visto que as vezes a diretoria do clube disponibiliza ingressos ao valor de 10 reais e mesmo assim, aparecem na Arena poucos gatos-pingados. E por falar em pequenez, vai um alerta para o cerimonial do time cuiabanista. Pois, basta ter jogo contra um time de maior expressão, que os envolvidos na organização deixam transparecer a falta de know-how em organizar grandes eventos. Ou quem nunca ficou irritado aguardando intermináveis minutos em filas quilométricas para adentrar a Arena? Ou quem, indo com seu veículo não ficou minutos e minutos se estressando porque não tinha como se movimentar nas redondezas do palco futebolístico? E mais, quem não se estressou em seus veículos na saída da Arena quando do término dos jogos? O estacionamento além de amador e não trazer nenhuma segurança para o veículo ali estacionado, é uma verdadeira prova de paciência para o motorista quando na saída da praça esportiva. Na vitória o motorista até sai feliz, já na derrota… Para sanar essas falhas, não seria razoável durante a realização de grandes jogos contratar empresas com conhecimento prático para administrar os pontos falhos elencados? Então, que fique a reflexão para extirparmos a síndrome de pequenez e que imprensa, torcedor e dirigentes do nosso Dourado passem a pensar grande assim como é o Cuiabá Esporte Clube. Oxalá! Quero ver o Cuiabá novamente o ano que vem na Série “A”, quiçá na Copa Libertadores da América. Por fim, a boa notícia é que segundo o próprio Adler, os sentimentos de inferioridade não são um sinal de anormalidade, eles são a causa de toda melhora na condição humana. Claiton Cavalcante – Contador, Membro da Academia Mato-Grossense de Ciências Contábeis.
Cine Teatro promove noite de audiovisuais contra LGBTfobia
Videoclipes, curtas ficcionais, documentários e audiovisuais experimentais que são produzidos em Mato Grosso por pessoas LGBTQIAPN+ ou que tematizam questões LGBTQIAPN+ são atrações da sessão especial que acontece nessa terça-feira, 16 de maio, a partir das 19h, com entrada gratuita, no Cine Teatro Cuiabá, na véspera do Dia Internacional de Combate à LGBTfobia (17 de maio). A noite também será ocasião para lembrar e homenagear a multiartista Hend Simone (in memoriam), que partiu precocemente há um ano, na madrugada de 11 de maio de 2022. A atividade integra o projeto “Encontros com Cinema” e a agenda de comemorações dos 81 anos da abertura do Cine Teatro Cuiabá (inaugurado em 23 de maio de 1942). Classificação indicativa: 16 anos. O 17 de maio alude à uma das datas consideradas históricas para o Movimento LGBTQIAPN+, quando, no ano de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou o termo “homossexualismo” da lista de distúrbios mentais do Código Internacional de Doenças. A partir deste momento, a homossexualidade perde o seu antigo sufixo “ismo”, o que caracterizava a orientação enquanto doença, deixando de ser considerada um desvio ou uma condição relacionada a alguma forma de patologia. Este é o quinto ano consecutivo em que o Cine Teatro Cuiabá, através do projeto Encontros com Cinema, promove, no contexto do Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, difusão de filmes que tematizam questões LGBTQIAP+. Em 2019, foi exibido, em parceria com a Vitrine Filmes, o longa “Lembro mais dos corvos”, de Gustavo Vinagre. Em 2020, já no contexto da pandemia de COVID-19, houve compartilhamento online, em parceria com o Cineclube Coxiponés e com a Rede Cineclubista de Mato Grosso, de dez curtas mato-grossenses que tematizam questões LGBTQIAPN+. Em 2021, ainda no contexto das restrições impostas pela pandemia, também em parceria com a Vitrine Filmes, foi realizada difusão online do longa “Doce Amianto”, de Guto Parente & Uirá dos Reis. Como no ano passado, o foco da sessão de 2023 recai sobre a recente produção audiovisual mato-grossense, buscando aproximação e diálogo entre público e artistas/realizador@s da cena LGBTQIAPN+. “A cada ano percebemos a ampliação dos conteúdos audiovisuais produzidos por pessoas LGBTQIAPN+ em Mato Grosso, tanto em iniciativas que envolvem escassez de recursos como em projetos que contam com incentivos oriundos de editais. Além de engajar público e realizador@s para o consumo dessa produção, a intenção é dar visibilidade a esses audiovisuais que sensibilizam pessoas para o combate à LGBTfobia”, enfatiza Diego Baraldi, coordenador do projeto Encontros com Cinema. Esquenta inicial A programação começa a partir das 19h, no foyer do Cine Teatro. Ali, as artistas da cena LGBTQIAPN+ Nelly Winter, Petilaine Queen e Sophie Boomèr recebem o público, que também poderá conferir um pocket show da cantora Bia Trindade, artista do catálogo da SUMAC Records. Na sequência, já na sala de projeção, haverá interação inicial com realizador@s presentes e ativistas da sociedade civil organizada que atuam no campo dos direitos das pessoas LBTQIAPN+. Artistas da House of Fauth também participam desse momento que antecederá as exibições. Do início ao fim da noite, acontecem homenagens à multiartista Hend Simone. “A embaixadora” (Videoclipe de Santrosa feat Garduzi 2G & BLADE. Direção: Santrosa. 2022. 3’) Sinopse: No clipe, Santrosa encontra os parceiros musicais Garduzi 2G & BLADE para um rolê festivo que mistura visual country com beats do funk. “Ana Rúbia” (Direção: Diego Baraldi; Íris Alves Lacerda. 2022. 15’) Sinopse: Brasil profundo. Entre derivas por uma cidade do interior de Mato Grosso às margens da BR-163, acompanhamos instantes da rotina de Ana Rúbia, que se prepara para o lançamento do livro “Memórias Escolares de Travestis”. “Angelus Novus anuncia na boca da noite a derrocada do anticristo” (Direção: Luiz Borges. 2021. 18’) Sinopse: Três núcleos dramáticos abordam temas decorrentes dos impactos da pandemia, tais como o aumento da violência doméstica, o abandono da infância, o suicídio, o negacionismo e a mercantilização da fé. “Bala perdida” (Videoclipe de AYO; Produção: GAMI/Yetto. 2023. 2’) Sinopse: Imagens de Ayo sobrepostas ao lyric video da música “Bala perdida”. “Bereu” (Videoclipe da Rapper Azul. Direção artística: Eloá Pimenta; Direção de fotografia: Elton Martins. 2022. 3’) Sinopse: O videoclipe da Rapper Azul é inspirado no espetáculo teatral “Bereu”, que traz à tona relatos sobre encarceramento feminino. “Bixas Pretas: entre o amor e afetos” (Direção: Diego Cavalcante. 2023. Teaser de 5’) Sinopse: Quatro bixas pretas dialogam, por meio de suas vivências, sobre como o racismo e a homofobia afetam o campo amoroso. “Borboletas” (Direção: Vitor Manoel Evangelista. 2023. 3’) Sinopse: Thiago e Pedro embarcam em uma jornada em busca do amor. “D’água” (Direção: Geo Rodrigues. 2002. 4’) Sinopse: Quando estamos na água, tudo o que não é nosso, se vai na correnteza. Deve ser por isso que transicionar é como atravessar um rio. “Entre cores e paredes” (Direção: Silmar do Nascimento Nunes. 2023. 3’) Sinopse: O curta registra a pintura de um mural na cidade de Cáceres, idealizado por Amanda Barbosa de Arruda e Silmar do Nascimento Nunes e executado pelo artista visual Everson Candido. “Escreviventes” (Direção: Zizele Ferreira e Vinicius Brasilino. 2021. 10’) Sinopse: “Escreviventes” é composto por performances poéticas de corporeidades pretas que revelam aspectos e sentidos de pessoas afrodiaspóricas com individualidades singulares, apresentando diversidades de escrevivências em que elas são o centro de um universo imenso de histórias pretas, materialidades e subjetividades presentes no cotidiano acadêmico. “Gato preto” (Direção: D.O.M. 2023. 5′) Sinopse: Um sonho de um encontro com uma pessoa desconhecida ao acaso. Porém não tão desconhecida e não tão ao acaso assim. Seria o sonho realidade ou inexistência? “I’m a Queen” (Clipe da tour [des] concerto, de Sarah Mitch. Direção: Sarah Mitch. 2022. 4’) Sinopse: Fragmento do espetáculo [des] concerto, que segue os parâmetros de um musical teatral, com mais de 20 artistas envolvidos, entre músicos, bailarinos e cantores. Voltado para o público LGBTQIAPN+ e apoiadores, o espetáculo traz músicas autorais inspiradas nas maiores artistas do mundo pop, como Madonna, Lady Gaga, Beyoncé. “#Lambatrans” (Apresentação de A Luisa Lamar. 2021. 4’) Sinopse: Apresentação da canção “#LAMBATRANS”, por A Luisa Lamar, com harmonia de
Terceirizada pede audiência com Mauro e aponta possível prevaricação de Gilberto
A Síntese Comercial Hospitalar, emitiu uma nota com pedido de uma audiência com o governador Mauro Mendes (União Brasil), para entregar as provas referentes à denúncia que fez sobre o suposto cartel na Secretaria de Estado de Saúde (SES). No documento, a empresa também afirmou que o deputado estadual Gilberto Figueiredo (UB) pode ter prevaricado, pois recebeu a denúncia há dois meses, quando ainda ocupava o cargo de secretário Estadual de Saúde. Conforme a Síntese, ela solicitou audiência com o governador “considerando a preocupação pessoal do Governador em investigar as irregularidades, ilegalidades e crimes que apresentamos em nossas denúncias e representações”, para entregar todos os documentos e provas. Na nota, a empresa também afirma que há mais de dois meses todo o teor da denúncia já está com o Ministério Público, com a Justiça Estadual e com o Tribunal de Contas da União (TCU). Em conversa com a imprensa na segunda-feira (15), Mauro evitou polemizar o assunto, mas disse que espera a conclusão das investigações policiais e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para adotar as devidas providências. “Isso tem que ser conduzido pelo polícia, se tem uma denúncia, tem que entregar para investigar. Quem está na vida pública tem que dar explicações, agora quem acusa tem que provar. Eu pedi que nossa procuradoria possa entender o que está acontecendo para fazer tudo aquilo dentro da previsão legal”, disse o governador. A empresa também mencionou as declarações do deputado Gilberto Figueiredo, que criticou o presidente da Síntese por causa da denúncia envolvendo a secretária-adjunta da Saúde, Kelluby de Oliveira, e as empresas investigadas por formação de cartel na pasta. A prestadora de serviços questionou a fala de que “a Síntese não possui sequer um ofício protocolado na Secretaria de Estado reclamando por algum fator”. Conforme apurado, a denúncia foi encaminhada ao então secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo no dia 24 de março. “Quanto à manifestação do Deputado Estadual Gilberto, talvez por ter sido o secretário da SES durante a grande parte dos anos recentes marcados pela franca atividade ilegal da Medtrauma e empresas afins, e exponencial avanço do faturamento das mesmas, seja a razão pela defesa incondicional dos atos administrativos constantes da denúncia da Síntese sobre dispensas, contratações e até mesmo pagamentos milionários por indenização, taxando que a denunciante ‘mentiu descaradamente’”, diz trecho da nota. No documento enviado, a Síntese já relata que em 19 de outubro de 2022, por meio de um ofício (identificado na denúncia) a empresa foi informada pela diretora- geral do Hospital Metropolitano de Várzea Grande que foi aderida uma suposta ata de preços, de outra empresa, e que a partir daquela data a Síntese deveria suspender o fornecimento de materiais, sendo que este serviço agora seria de exclusividade da empresa recém-contratada. A Síntese também informou ao secretário o número do contrato com esta outra empresa. “A bem da verdade, o então secretário teve oportunidade de agir frente às ilegalidades, mas não o fez, cabendo a ele responder o porquê. Podendo incorrer em prevaricação com relação às denúncias. Após 2 meses de omissão, somente depois da Síntese ter escalado a denúncia ao conhecimento do controle social (mídia) é que o secretário-deputado suscita que a Síntese esteja ressentida por ter parte de seu contrato ‘rompido”, aponta nota. A empresa, por fim, garantiu que irá continuar agindo do mesmo modo, independente de ameaças de retaliações ou tentativas de intimidação feitas por autoridades políticas. “Chama a atenção é que, de um lado, a cautela do Governador em querer em mãos a denúncia para que se proceda a investigação e se responsabilize eventualmente. Lado outro, ex-secretário defende incondicionalmente todos os atos e faz ameaças a quem denuncia, desacreditando-a de plano, e que responsabilizará ‘até a última gota’”.
Sine-MT disponibiliza mais de 2,7 mil vagas de emprego nesta semana
O Sistema Nacional de Emprego de Mato Grosso (Sine-MT), vinculado à Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT), disponibiliza nesta semana 2.723 mil novas oportunidades de empregos para profissionais que queiram ingressar no mercado de trabalho. Os interessados devem procurar a unidade mais próxima, dentre os 33 postos do Sine instalados em 30 municípios do Estado, com documentos pessoais e comprovante de residência. O município de Primavera do Leste (a 240 km de Cuiabá) divulgou 375 oportunidades nesta semana, dentre elas: auxiliar de linha de produção (89), trabalhador da avicultura de postura (60), auxiliar de armazenamento (51), operador de empilhadeira (31), repositor em supermercados (15), enfermeiro (6), auxiliar administrativo (3) e engenheiro civil (2). Já no município de Sinop (a 500 km de Cuiabá,) o Sine-MT contabilizou 259 oportunidades, como: servente de pedreiro (36), operador de caixa (20), vendedor interno (18), atendente de farmácia (13), carpinteiro (10), analista fiscal (economista) (4), armador de estrutura de concreto (3) e açougueiro (1). Em Alto Araguaia (a 422 km de Cuiabá) são 178 oportunidades distribuídas entre: pedreiro (23), motorista de caminhão (16), eletricista auxiliar (8), auxiliar administrativo (4), auxiliar de limpeza, (3), vendedor de comércio varejista (1) e copeiro (1). Para o público em geral que mora em Cuiabá e Várzea Grande as 307 vagas estão disponibilizadas em áreas como: auxiliar de produção (91), ajudante de açougueiro (30), carpinteiro (14), operador de caixa (6), azulejista (3), auxiliar técnico de refrigeração (2), motofrentista (1), garçom, (1) e cozinheiro doméstico (1), cuidador de idosos (1), operador de telemarketing (1), gerente de marketing (1) e recepcionista atendente (1). Para as pessoas com deficiência (PCD) estão distribuídas 130 vagas, como: auxiliar de linha de produção (54), atendente de marketing (40), encarregado de obras (5), pedreiro (4), eletricista de instalações (3), vigia (1), auxiliar de estoque (1) e lavador de ônibus (1). Quem tiver interesse também pode verificar as vagas ofertadas acessando o portal http://empregabrasil.mte.gov.br/. Atendimento Além do trabalho de intermediação de mão de obra, o Sine realiza serviço de habilitação do seguro desemprego, atendimento orientado sobre a utilização da Carteira de Trabalho Digital e Previdência Social. É preciso verificar na unidade a disponibilidade das vagas, que são oferecidas diariamente. Os interessados devem comparecer aos postos de atendimento, portando documentos pessoais e comprovante de residência, facilitando os trâmites do atendimento. Procure os postos mais próximos de sua residência. Com informações Assessoria
Prefeito e vice de Feliz Natal são alvos de operação contra desmatamento ilegal
A ‘Operação Ronuro’ deflagrada na manhã desta terça-feira (16), tem como alvos as madeireiras do prefeito José Antônio Dubiella (MDB) e do vice-prefeito de Feliz Natal (a 538 km de Cuiabá), Antônio Alves da Costa (PDT). Ao todo a operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão contra um grupo criminoso que agia na extração e desmatamento ilegal de madeira em Mato Grosso. As ordens judiciais foram cumpridas em Cláudia, Feliz Natal, Nova Ubiratã e Sorriso. Além dos mandados, os locais onde funcionam as madeireiras serão bloqueados e terão as atividades suspensas, até o término das investigações. Leia mais em: Operação Ronuro cumpre 22 mandados contra associação criminosa envolvida em crimes ambientais A polícia ainda registrou três flagrantes por posse de arma e munições sem registros na madeireira em que o vice-prefeito administra. A investigação da Polícia Civil apurou que os proprietários das madeireiras são agentes políticos e empresários locais, que utilizam terceiros como “laranjas” para mascarar o comércio irregular da matéria-prima, burlar a administração pública ambiental e fiscal, praticando o crime ambiental e a sonegação de impostos, além do prejuízo ao meio ambiente e social.