Caminhão e ônibus colidem e acidente deixa sete mortos em MT
Um ônibus de viagem e um caminhão que transportava alimentos colidiram e o acidente deixou 7 mortos e outros feridos, na tarde deste domingo (5) na rodovia BR-174, próximo à cidade de Cáceres (225 km a Oeste). O caminhão bateu de frente com o ônibus, que tombou em seguida. Informações preliminares dão conta de que o caminhão tentou fazer uma ultrapassagem, e acabou colidindo de frente com o outro veículo. O ônibus ficou totalmente destruído em sua parte frontal, e o caminhão ficou tombado ao lado da pista. O Corpo de Bombeiros foi acionado para socorrer as vítimas, e os sobreviventes foram encaminhados ao Hospital Regional de Cáceres. A Polícia Rodoviária Federal disse que são 7 mortos no acidente até o momento. A rodovia foi interditada parcialmente. Algumas vítimas foram identificadas: Lourdes Maria de Castro Maria Alice de Araújo Barros Junior César Silva Terezinha da Silva Cardoso Soares Ketlen Cristiny Rodrigues de Souza Astrogildo Victor de Moura
Março Amarelo busca conscientizar sobre o diagnóstico precoce da Endometriose
Maria Fagundes, Especial para o Cuiabá Notícias Você conhece a endometriose? Essa doença compromete exclusivamente a saúde feminina. E para conscientizar todas as mulheres a respeito da importância dos cuidados preventivos que visam evitar, diagnosticar e tratar de forma precoce, foi criada a campanha mundial Março Amarelo. Para quem não sabe, a Endometriose é uma doença caracterizada pelo crescimento inadequado do endométrio (tecido que recobre a parte interna do útero e descama na menstruação). Quando ocorre esse crescimento anormal, o tecido acaba migrando e se implantando em órgãos da região pélvica, assim atingindo principalmente ovários, parte inferior do útero, intestino e bexiga, gerando um processo inflamatório no organismo da mulher. Os principais sintomas são: cólicas intensas; dores no período menstrual; desconforto durante a relação sexual; dores ao urinar e evacuar; dores nas coxas e lombar; aumento da urgência para urinar e constipação intestinal. A doença normalmente atinge mulheres com idades entre 26 e 35 anos, mas, meninas também podem desenvolver a condição, como foi o caso da estudante Eslaine Costa, que descobriu a doença aos 19 anos. Ela conta como descobriu a doença depois de muitos incômodos. “Descobri a endometriose por sentir desconforto em andar de moto, ônibus ou carro, sempre sentia dor instantaneamente na região pélvica ao passar por quebra-molas, tartarugas ou buracos. Além disso sentia muito desconforto e dor durante as relações sexuais… Logo percebi que não era normal, fui a minha ginecologista que pediu alguns exames, e constatou que eu tinha inflamação no endométrio”, disse ao CN. A estudante declarou ainda que após a descoberta da doença, sua vida mudou completamente, principalmente na questão emocional, algo que acabou atrapalhando a sua rotina no trabalho e relações pessoais. “Com a doença, me afastei de todo mundo, só queria ficar sozinha e chorar. Relações sexuais, esportes, andar de moto, eram atividades quase impossíveis, pois sentia muita dor”, enfatizou. Atualmente Eslaine faz tratamento e acompanhamento médico, o que ajuda a ter uma vida tranquila, seja no trabalho ou convívio pessoal. “Eu diria que vai passar! A gente faz mil suposições na cabeça, mas com o tratamento certo, como eu mesma, estou completamente saudável em relação a isso, é óbvio que os cuidados devem continuar, com o uso de anticoncepcionais por exemplo. Mas, quanto mais cedo o diagnóstico é feito, mais fácil é tratamento”, comentou. Durante entrevista, a estuante falou da importância da campanha como conscientização de mulheres que passam por isso e também aquelas que não tem a endometriose, mas podem tomar as medidas necessárias para evitá-la. “Va ao ginecologista periodicamente, faça check-up sempre que puder, e o básico se alimente bem e faça exercícios! Uma rotina saudável é uma excelente prevenção pra qualquer doença”, disse ela sobre os cuidados. “Uma boa conscientização do que é normal ou não. Ou até mesmo de como funciona o ciclo de uma mulher, é extremamente importante para alertar meninas e mulheres que nem sempre tem alguém pra apoiar, entender e aconselhar da maneira correta, por isso acabam suportando e descobrindo muito tarde, quando já há necessidade de retirar o útero, fazer alguma cirurgia ou até mesmo quando já causou a infertilidade”, destacou sobre a importância da campanha. Arquivo Pessoal Estudante Eslaine Costa Para entender mais sobre essa doença terrível que afeta milhares de mulheres todos os anos, o Cuiabá Notícias entrevistou o Dr. João Félix Dias, médico Ginecologista e Obstetra, Doutor pela USP, professor da UFMT e especialista em menopausa, que explicou a origem da endometriose e deu dicas de cuidados para evitar essa condição. “A endometriose é de origem não muito bem definida, tem muitas teorias para explicar sua origem e algumas teorias mais aceitas falam da metaplasia celômica, teoria imunológica. As vezes não haverá muito o que fazer em termos de prevenção, vai desenvolver quando começar a ação dos hormônios ovarianos. A diminuição da ação dos estrogênios no corpo da mulher, pode ter o efeito de diminuir a chance de desenvolvimento de focos de endometriose. O uso contraceptivos tem esse efeito positivo na endometriose. Além de hábitos saudáveis, como exercícios físicos regulares, alimentação saudável, diminuir o teor de carnes vermelhas na alimentação, diminuição da ingestão de álcool e cafeína. Também é indicado aumentar o teor de alimentos ricos em fibra na dieta, controlar o ganho de peso e perder peso pode ter um efeito benéfico na estimulação dos focos da endometriose”, explicou o ginecologista. Dr. João ainda revelou que a endometriose é uma das principais causas de esterilidade. Por isso, todas as mulheres, ao serem diagnosticadas com a doença, devem fazer tratamento de reprodução assistida (Relação Sexual Programada – Coito Programado, Inseminação Intrauterina (IIU) Artificial, FIV (Fertilização in vitro), Injeção, Intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI e Doação de Óvulos) caso queiram engravidar. O médico finalizou destacando a importância da campanha Março Amarelo para ajudar as mulheres a entenderem mais sobre a doença e assim ter um diagnóstico precoce. “É importante a conscientização da sociedade como um todo. A classe médica e principalmente as mulheres para dar o start na investigação mais precoce , pois o diagnostico mais precoce favorece o tratamento e controle dos sintomas e prevenção das consequências mais graves”, finalizou. Arquivo Pessoal Dr. João Félix Dias, médico Ginecologista e Obstetra