Emanuelzinho faz críticas ao Banco Central

O deputado federal Emanuelzinho (MDB), abertamente alinhado ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seguiu o discurso do petista e criticou a política monetária do Banco Central (Bacen), em pronunciamento feito nesta quarta-feira (08), na Câmara dos Deputados. De acordo com o parlamentar mato-grossense, a taxa de juros praticada no Brasil atualmente só beneficia “o capital especulativo que rende a partir de uma taxa de juros dessa altura”. Atualmente, a taxa de juros definida pelo Banco Central é de 13,75%. “Nós temos um Brasil que está virando um fazendão, porque só vive da exportação da proteína animal, do minério e de outras commodities que estão sempre voláteis aos preços, diferentes dos preços internacionais, diferente da indústria nacional”, disse o deputado. A manifestação de Emanuelzinho faz coro às críticas do próprio presidente da República e parlamentares da esquerda no Congresso. Lula disse, na última segunda-feira (06), que “não existe justificativa” e que é “uma vergonha” a taxa de juros do Brasil. Além de Emanuelzinho, deputados como Guilherme Boulos (PSOL) e Lindbergh Farias (PT) teceram críticas ao Bacen. O presidente do órgão, Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 2024, tem evitado polemizar as declarações de Lula ou dos parlamentares. Emanuelzinho ressaltou que, apesar de ser independente, conforme estabelece a legislação, “o Banco Central não está imune a críticas e nem é inquestionável”. Disse, ainda, que não existe pressão inflacionária que justifique a taxa de juros estabelecida. “Sem contar que a indústria, senhor presidente, que é prejudicada com esse valor nas alturas da taxa de juros, é o setor que melhor emprega, é o setor que mais bem remunera e é o setor que tem sido prejudicado. Que nos últimos 10 anos tivemos quase 30 mil indústrias fechadas no nosso país. É uma média de 17 indústrias por dia”, destacou o deputado. Emanuelzinho lembrou que 80% dos fertilizantes usados no Brasil são importados da Rússia, país que se encontra em guerra com a Ucrânia desde o ano passado. Lembrou também que nos últimos quatro anos a Petrobras fechou três fábricas de fertilizantes. Todos esses fatores, destaca o parlamentar, colaboram para um aumento no valor de comercialização desses produtos. “Nós estamos na contramão da história. Muitos países da Europa já estão fazendo a desindustrialização positiva, migrando para o setor de serviço, o Brasil nem pela industrialização necessária ainda passou. Então, devemos nesses próximos quatro anos focar na industrialização do país, senhor presidente”, concluiu Emanuelzinho. REPÓRTER MT

Remédios à base de canabidiol passam a ser ofertados na rede pública de saúde de Mato Grosso

A partir de Março, o Governo de Mato Grosso passa a fornecer, pelo Sistema único de Saúde (SUS), medicamentos feitos à base de canabidiol. A lei nº 11.883/2022, de autoria do deputado Wilson Santos, foi promulgada pela Assembleia Legislativa no dia 24 de novembro de 2022. Em suas redes sociais, o deputado falou sobre a importância da substância para o tratamento de muitas doenças. Além disso, informou que o governo disponibilizou  o valor de 10 milhões do orçamento deste ano para garantir a disponibilidade gratuita deste medicamento.  “É com muita satisfação que informo que a partir de março, o Governo de Mato Grosso está obrigado a fornecer medicamentos à base de canabidiol na rede SUS. Sou autor da Lei 11.883/22, que disciplina a aquisição e distribuição destes medicamentos no estado. Também de emenda ao orçamento garantindo R$ 10 milhões para a compra destes produtos”, disse o deputado em seu Instagram.    Ver esta publicação no Instagram   Uma publicação partilhada por Wilson Santos (@wilsonsantosmt) Doenças tratadas com remédios à base de canabidiol O canabidiol (CBD) é um ingrediente importante em plantas de cannabis (conhecidas também por cânhamo ou maconha). É muito recomendado para vários tipos de tratamento, como, ansiedade, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Transtorno do Espectro Autista (TEA), Dor crônica, Epilepsia, Glaucoma, Síndrome do intestino irritável (SII), Acne, entre outras.   

Secretário volta a ser alvo de queixas; Botelho diz que fará cobrança a Mauro

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União Brasil), subiu o tom contra o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), Marcelo de Oliveira, nesta quarta (08). O parlamentar afirmou que tem recebido reclamações de prefeitos e deputados quanto ao tratamento dispensado pelo secretário quando é procurado para atender demandas. Criticando a rispidez do secretário, Botelho prometeu que levará as queixas diretamente ao governador Mauro Mendes (União Brasil) e pedirá providências. “Alguns deputados fizeram essas colocações [contra Oliveira]. Eu acho que as reclamações têm que ser levadas para Casa Civil, para o governador e para o próprio secretário, e cabe a nós deputados, e a mim como presidente, fazer isso. E eu vou fazer”, afirmou. Assessoria Essa não é a primeira vez que a postura de Oliveira é criticada por agentes políticos. Botelho argumentou que a “dureza” do secretário será pontuada em reunião com Mauro e defende que a postura deve ser alinhada, visando garantir que prevaleça o respeito entre o Legislativo e Executivo. “Chegou inclusive a colocação que ele é um grande secretário, mas tem tratado alguns prefeitos [de forma] um pouco dura. Acho que é uma questão que nós podemos alinhar, definir isso e conversar com o secretário. São pontos que precisam ser melhorados, são pontos simples […] para [garantir] o respeito e o atendimento”, acrescentou. Marcelo de Oliveira está à frente da Infraestrutura desde 2019 e já se viu “enrolado” em confusões no passado pela postura classificada como “ranzinza” ou pelas respostas atravessadas e alfinetadas disparadas a políticos, tendo incluindo histórico de divergências com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e aliados da atual gestão, como o senador Jayme Campos (União Brasil). RDNEWS

Carne brasileira é a 3ª mais cara da América Latina e a da Suíça tem o valor mais alto do mundo

Chile, Uruguai e Brasil são, nessa ordem, os países que vendem carne bovina com os preços mais altos na América Latina, de acordo com o levantamento feito pela base de dados Numbeo. Por aqui, o quilo do produto custa, em média, R$ 41,87. No Chile, ele sai por cerca de R$ 58,36 e, no Uruguai, chega a custar R$ 56,72. Depois do Brasil, o Peru tem a carne mais cara do continente, com o quilo custando R$ 35,69. A Argentina vem na quinta posição, com o preço de R$ 32,27 pelo quilo do produto. Considerando os países que têm a carne mais cara do mundo, o Brasil ocupa a 78ª posição. Em primeiro lugar está a Suíça, onde o quilo custa R$ 265,46. Na sequência vem o Líbano (R$ 193,11), a Coreia do Sul (R$ 173,53), a Noruega (R$ 145,60) e a Holanda (R$ 133,68). Segundo o IEA (Instituto de Economia Agrícola), o preço da carne bovina no varejo, que era R$ 43,39 o quilo em agosto do ano passado, vem caindo desde então, e chegou a R$ 40,98 em janeiro deste ano. Levando em consideração o valor do salário mínimo, o preço da carne de boi representa cerca de 3% do piso da remuneração do brasileiro, que é de R$ 1.302,00. Isso ajuda a explicar por que está cada vez mais difícil colocar esse alimento na mesa. O alto custo do produto no mercado interno também se deve a uma estratégia dos produtores que, no ano passado, deram prioridade à reprodução e ao aumento do rebanho, uma vez que a venda de animais vivos era mais vantajosa. A previsão da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) era de que a produção de carne bovina do Brasil atingisse o menor patamar em mais de 20 anos, mesmo com aumento nas exportações AGORA MT