Mato Grosso tem primeiro campeonato de capoeira no próximo fim de semana

POR: GAZETA DIGITAL O Ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá, será palco do 1º Open Mato-Grossense de Capoeira. O evento ocorre nos dias 28 e 29 de janeiro, é realizado pelo Instituto Semente Brasil em parceria com a Federação Mato-Grossense de Capoeira (FMTC), e conta com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). As inscrições e a participação no evento são gratuitas e podem ser feitas pelo link. O Open contará com diversas categorias de competição, entre elas Fraldinha, Mirim, Infantil, Infanto-Juvenil, Cadete, Adulto e Absoluto. Na categoria Absoluto haverá premiação para o melhor desempenho. Participantes que vierem do interior do estado terão alojamento. A realização do evento é um desejo antigo dos mestres e praticantes da capoeira, e deve fazer parte da programação regular de eventos da Federação Mato-Grossense de Capoeira. Além disso, tem como proposta ser um meio de proporcionar inclusão social, interação e socialização entre os praticantes de capoeira e participantes do evento.

Caso Daniel Alves: polícia encontrou restos de sêmen em banheiro, diz jornal

POR: GE A Mossos d’Esquadra, a polícia catalã, coletou restos de sêmen no banheiro onde Daniel Alves supostamente cometeu a agressão sexual contra uma jovem espanhola. Em seu relato às agentes logo após ser violada, a vítima declarou ter visto uma mancha branca no local, e o material foi recolhido. A informação é do jornal El Mundo. Segundo o diário, a polícia catalã conservou os restos de sêmen, e o Juizado de Instrução 15, responsável pela investigação, poderia ordenar uma coleta de DNA de Daniel Alves para a comparação. O jogador também poderia entregá-lo de forma voluntária. De acordo com o El Mundo, os exames médicos realizados pela vítima após o abuso registraram poucos rastros biológicos e não seriam suficientes para a comparação. A polícia também está em posse da roupa que a jovem usava no momento que fez a denúncia de agressão, para apontar possíveis indícios. Daniel Alves está preso preventivamente desde a última sexta-feira, em Barcelona. Na última segunda, o lateral brasileiro foi transferido de prisão na cidade, e nesta terça, ele contratou um novo advogado. O prazo para tentar um recurso é até esta quinta-feira. O jogador vai permanecer recluso até julgamento, que não tem data marcada. A acusação de agressão Os principais jornais da Espanha – como “El País” e “El Mundo”, de Madri, e “El Periódico” de Barcelona – publicaram trechos do depoimento prestado à Justiça pela mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual. O jogador está em prisão preventiva sem direito a fiança. Ele nega ter cometido o crime do qual é acusado. De acordo com os relatos publicados pela imprensa espanhola, a vítima contou no depoimento que no dia 30 de dezembro de 2022 estava na boate Sutton, em Barcelona, quando o grupo do qual fazia parte recebeu um convite para entrar numa área VIP. Um garçom as levou até uma mesa onde estava Daniel Alves, a quem a vítima inicialmente não reconheceu. Um grupo de mexicanos, amigos do jogador, o apresentou à denunciante. Dani Alves em treino do Pumas, clube que rescindiu contrato com o brasileiro após a prisão — Foto: Divulgação/Pumas Segundo os jornais, a vítima relatou à Justiça que ela e Daniel Alves dançaram juntos até que o jogador “levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada”. Por volta das 4h30 da madrugada, ele pediu a ela para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido a agressão. Sempre de acordo com o depoimento da denunciante, ela teria tentado sair do banheiro, mas foi impedida. Daniel Alves a teria penetrado de maneira violenta até ejacular. Ele teria sido o primeiro a deixar o banheiro. Quando ela saiu, contou o que aconteceu a uma amiga. Quando a segurança do local foi informada, o lateral já tinha deixado a boate. A vítima foi imediatamente fazer exames num hospital. Dois dias depois, ela fez a denúncia à polícia. A associação de casas noturnas da Catalunha (Fecasarm) e da Espanha (Spain Nightlife) entraram com documento na Justiça solicitando poder exercer acusação popular na causa, por entenderem que o caso pode “afetar interesses coletivos”.

Membro de grupo que matou maranhenses também matou motorista de aplicativo

POR: GAZETA DIGITAL Foragido após a morte dos 4 maranhenses em Cuiabá, membro do Comando Vermelho também aparece como suspeito do espancamento e tortura que resultou no óbito da motorista de aplicativo Natana da Silva, 30, em 23 de julho de 2020, no Pedregal, em Cuiabá. A informação foi dada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (24). Natana foi morta pelo Comando Vermelho sob o argumento de que ela vinha “fazendo feio no bairro”, aplicando golpes e pequenos furtos. Ela foi sequestrada e levada para os fundos de uma casa, onde o crime aconteceu. Vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital. Segundo o laudo de necropsia, o falecimento foi decorrente nas mais de 70 descargas elétricas recebidas durnate a tortura. Na época, o próprio delegado Caio classificou o crime como bastante cruel. Em 9 de dezembro de 2021, operação da DHPP batizada de “Comando da Lei”, prendeu 5 pessoas responsáveis pelo crime contra Natana. Entre os presos, um dos suspeitos já estava na Penitenciária Central do Estado (PCE). Conforme o delegado, o grupo em questão atua na região do Pedregal, Jardim Leblon, Renascer e Areião. Além das mortes de Natana e dos 4 maranhenses, identificados como Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, 20, eles podem ter feito outras vítimas. “São pessoas de alta periculosidade, frias. Verdadeiros serial killers que podem ter matado tantas outras pessoas em Cuiabá e nas adjacências”, ressaltou Albuquerque.

Saiba como é a preparação física de Carla Diaz para o Carnaval 2023

POR: LÉO DIAS / METRÓPOLES Carla Diaz fará sua estreia no Grupo Especial do Carnaval de São Paulo, como madrinha de bateria da escola de samba Estrela do Terceiro Milênio. Para isso, a atriz já entrou em ritmo intenso de treinos, além de estar bem alinhada com a boa alimentação e descanso, que são os pontos mais importantes dessa fase. E por trás dessa grande preparação está o treinador Cássio Fidlay, que contou à coluna LeoDias os detalhes dos treinos. “Agora que ela é madrinha de bateria não pode acontecer erros. Como o tempo é curto, temos que focar na alimentação, treino e descanso. Nesta segunda-feira (23/1), fizemos um treino geral, na terça ela tem ensaio e, na quarta, treino focado em coxa e glúteos, porque como ela vai ter que usar salto, aí sai da postura natural dela”, explicou o profissional. Felipe Becari, Carla Diaz e Cássio Fidlay “Ela tem que estar com abdômen, core e panturrilhas fortalecidas, além de coxas e glúteos. Caso esses músculos não estejam fortalecidos, ela pode ter câimbras, porque ela vai ter que sambar em cima do salto e andar para frente. No mínimo ela vai treinar comigo quatro vezes na semana”, disse Fidlay. Nas redes sociais, a ex-BBB afirmou que desfilar no Sambódromo do Anhembi será “a realização de um sonho”. “É com muita alegria que vou estrear no Carnaval de São Paulo, minha cidade natal. Finalmente vou conhecer o carnaval de São Paulo”, comemorou ela. No Carnaval do Rio de Janeiro, Carla desfila há 20 anos na Acadêmicos do Grande Rio, atual campeã do Grupo Especial.

Valdemiro pede R$ 10 milhões aos fiéis para pagar dívidas atrasadas

POR: LÉO DIAS Valdemiro Santiago surpreendeu os fiéis da igreja Mundial ao fazer um apelo. Durante uma pregação transmitida pela TV Mundial, o pastor propôs que todos se unam para levantar R$ 10 milhões até o dia 31 de janeiro. O objetivo é quitar dívidas. Segundo o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, funcionários da TV Mundial estão em greve há cerca de 10 dias. Os colaboradores alegam que não receberam o 13º salário. No sábado (21/1), os funcionários em greve divulgaram um manifesto, em que relatam que “há mais de três anos enfrentamos o descaso”. Segundo o documento, a greve será mantida “até que a empresa apresente uma proposta minimamente viável para resolver esse problema”. A coluna LeoDias procurou os representantes jurídicos da igreja Mundial, assim como de Valdemiro Santiago, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Trocas de acusações e agressão: entenda o barraco entre Emilly e Babal

POR: LÉO DIAS METRÓPOLES As trocas de acusações entre Emily Garcia e Babal Guimarães foi parar na polícia após a influenciadora relatar supostas agressões que sofreu do marido. A coluna LeoDias reuniu todos os detalhes da confusão que movimentou a internet nos últimos dias e preparou um resumão da treta entre o cunhado de Carlinhos Maia e a modelo. Tudo começou após uma visita de Babal à família, em Penedo, Alagoas. Uma foto em que ele aparecia com uma cerveja deu início à treta. Nos stories do Instagram, a influenciadora relatou que o marido havia lhe dito que iria a Penedo para resolver algumas questões, mas apareceu bebendo, enquanto ela, sozinha, ficou responsável por cuidar do filho. “Enquanto isso, a mãe faz todo o cronograma do filho, leva sozinha para fisioterapia, natação, pediatra, dentista, mas é normal, né? A sociedade já acostumou a colocar tudo nas costas da mãe”, escreveu Emily e, na sequência, mostrou que foi criticada por uma seguidora, pedindo que ela evite expor o relacionamento. A influenciadora, ao rebater, nas entrelinhas evidenciou uma crise no casamento. “Mulher, preserva teu relacionamento, não alimenta os invejosos, deixa para resolver isso entre vocês dois”, escreveu a internauta. “Que relacionamento? Mulher, da missa você não sabe nem a metade”, respondeu a influenciadora, que disse que se as pessoas soubessem 5% do que acontece, não a julgariam. Agressões A partir disso, surgiram especulações em torno do real motivo da crise no relacionamento de Babal e Emily. Um seguidor do perfil Subcelebrities, no Instagram, apostou que seria traição. Emily respondeu que foi pior que isso. Outro internauta, então, indagou sobre o que poderia ser pior que traição em um relacionamento. Uma pessoa sugeriu “agressão” e Emily curtiu o comentário. Lucas Guimarães, irmão de Babal, deixou um comentário no perfil Gossip do Dia, no Instagram, lamentando a situação. Ele escreveu que estava respirando fundo pra não falar besteira. Ao rebater o cunhado, Emily relatou supostas agressões que teria sofrido do marido. “Você poderia preservar seu irmão. Não vou me calar”, escreveu ela e seguiu: “Ao invés de passar a mão na cabeça de seu irmão, ensina ele a ser homem de verdade”. Emily disse estar cansada de ser taxada como louca, que não vai se calar, que basta de chorar e ser alvo de deboche, enquanto Babal tem o apoio da família, mesmo com todos sabendo a verdade. Com quem está a verdade? O influenciador, por sua vez, alegou que a esposa expôs fatos que não condizem com a verdade e rebateu as acusações de que não se dedica ao filho. Segundo o irmão de Lucas Guimarães, as imagens divulgadas por Emily das supostas agressões seriam, na verdade, de cortes que ela sofreu no banheiro, na tentativa de imputar falsamente as acusações que fez. Ele a chamou de atriz e abusiva e a aconselhou a procurar ajuda profissional. Em contrapartida, Emily dividiu com os seguidores prints de uma suposta conversa com o marido, em que ele se desculpou por excessos: “Meu erro foi ter me deixado levar por suas provocações. Fui falho e me excedi nas palavras, reconheço e peço desculpas”. Após ser chamada de atriz, Emily trouxe à tona um episódio recente de suposta agressão. “Quinta-feira, dia em que eu estava com Miguel no colo para levá-lo ao pediatra, ele me chamou de vagabunda porque reclamei da demora e deu um tapa na minha cara”, escreveu ela. Babal voltou a se manifestar. Nos stories do Instagram, ele apontou que todos já viram o quanto Emily o diminui como homem e marido, que ela, quando é contrariada, parte para a agressão verbal e que ela usa da causa feminina para esconder suas maldades. Mais um filho? O influenciador colocou na confusão uma retirada de método contraceptivo da esposa. “Você não conta que tirou o chip sem me dizer, mesmo depois de eu ter dito que não queria outro filho”, escreveu ele e também acusou Emily de querer outra gravidez por engajamento. Emily, por sua vez, garantiu que o avisou sobre a retirada do chip e que fez isso para recorrer ao DIU: “Tirei porque estava me fazendo mal e contei para ele logo em seguida”. Em família Em outro momento, a influenciadora compartilhou um print de uma suposta conversa com um familiar do marido, relatando agressões, e esse familiar pede que ela não o denuncie. Em meio a isso, os internautas encontraram um suposto processo em que a ex de Babal teria movido contra ele por violência doméstica no começo de 2022. Queixa à polícia Na segunda-feira (23/1), Emily Garcia foi à delegacia, passou por exame de corpo de delito, apresentou provas contra Babal Guimarães e pediu uma medida protetiva de urgência. Em depoimento, ao qual a coluna LeoDias teve acesso, Emily citou a questão de Babal com a bebida, o que seria algo constante e desencadeador de episódios violentos. Ela relatou puxões de cabelo, apertões no braço e pescoço, tapas e xingamentos, falou em uso de substâncias ilícitas, consumidas sempre que Babal visita a família em Penedo, segundo ela, e detalhou episódios de violência, entre eles no dia de uma festa promovida por Carlinhos Maia, quando teria caído e batido a cabeça. À época, o relacionamento foi rompido, porém, reatado mais à frente. Às autoridades, Emily disse que Babal sempre lhe pedia perdão após excessos e que isso acabou a impedindo de denunciar antes.

Governo prepara hospital de campanha para atender índios yanomami

POR: AGÊNCIA BRASIL Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a montar, em Boa Vista, o primeiro dos hospitais de campanha que o governo federal planeja utilizar para atender índios da etnia yanomami. Segundo o secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba, mais de mil pessoas com graves problemas de saúde já foram transferidas da Terra Indígena Yanomami, perto da fronteira com a Venezuela, para a capital de Roraima – uma viagem que, em aviões de médio porte, dura, em média, duas horas. “Pudemos presenciar o estado de calamidade em que o território [yanomami] está. É um cenário de guerra. Nossa unidade de saúde indígena, em Surucucu, assim como a nossa Casai [Casa de Apoio à Saúde Indígena] aqui, em Boa Vista, são praticamente campos de concentração”, declarou o secretário, hoje (24), ao conversar com jornalistas, na capital roraimense. Conforme a Agência Brasil apurou, ontem (23), havia 583 pessoas alojadas na unidade de saúde de Boa Vista, para onde parte dos yanomami doentes está sendo transferida para receber tratamento médico adequado. Do total, 271 indígenas eram pacientes; 257 acompanhantes e 55 índios que já receberam alta médica e aguardam uma oportunidade de voltar a seus territórios. “Queremos desafogar o espaço [da Casai de Boa Vista], pois as condições estão insalubres”, disse o secretário nacional, informando que, nesta terça-feira, perto de 700 pessoas estão recebendo atendimento na unidade. “Estamos implantando um hospital de campanha aqui em Boa Vista para resolvermos o problema de assistência aos indígenas que estão alojados na Casa de Apoio e também para dar assistência aos que estão chegando”, acrescentou Weibe Tapeba, reforçando que o Ministério da Saúde planeja montar ao menos mais um destes equipamentos na região do Surucucu, onde vivem os yanomami em situação de grande vulnerabilidade. De acordo com o secretário, os principais problemas de saúde identificados são desnutrição, malária e infecção respiratória aguda. Situação que motivou o Ministério da Saúde a, na última sexta-feira (20), declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional – o que permite ao Poder Executivo federal adotar, em caráter de urgência, medidas de “prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública”. A montagem do Hospital de Campanha de Boa Vista está a cargo da FAB, sob a coordenação dos ministérios da Defesa (MD) e da Saúde (MS). A estrutura abrigará uma equipe multidisciplinar, com militares médicos de várias especialidades (clínica médica, ortopedia, cirurgia-geral, pediatria, radiologia, ginecologia, patologia etc.) além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Aparelhos de raio-x e para a realização de ultrassonografias serão instalados no local, junto a uma farmácia e a um laboratório com capacidade de realizar alguns exames laboratoriais. O hospital de campanha também contará com leitos de internação para pacientes ambulatoriais e estabilização de pacientes mais graves que precisem ser removidos para unidades de saúde mais complexas.

Países da região devem liderar preservação da Amazônia, diz Lula

POR: AGÊNCIA BRASIL O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (24) que, embora a cooperação internacional seja bem-vinda, é papel dos países da região liderar os projetos de preservação da Amazônia. Lula participou em Buenos Aires, na Argentina, da sétima reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). “A cooperação que vem de fora da nossa região é muito bem-vinda, mas são os países que fazem parte desses biomas que devem liderar, de maneira soberana, as iniciativas para cuidar da Amazônia. Por isso, é crítico que valorizemos a nossa Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – a OTCA”, disse Lula. A reunião da Celac foi privada e as falas não foram transmitidas ao vivo, mas o discurso de Lula foi divulgado pela Presidência. Lula citou que, em breve, deve convocar uma cúpula dos países amazônicos e que o Brasil já formalizou a candidatura de Belém para sediar a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025. “O apoio que estamos recebendo dos países da Celac é indispensável para que possamos mostrar ao resto do mundo a riqueza de nossa biodiversidade, o potencial do desenvolvimento sustentável e da economia verde, além, é claro, da importância de preservação do meio ambiente e do combate à mudança do clima”, disse. Para Lula, há uma “clara contribuição” a ser dada pela região para a construção de uma ordem mundial pacífica, baseada no diálogo, no reforço do multilateralismo e na construção coletiva da multipolaridade. Segundo o presidente, os desafios globais e as “múltiplas crises” exigem respostas coletivas, citando, entre outros, as pandemias, as ameaças à democracia e as pressões sobre a segurança alimentar e energética. “Tudo isso em um quadro inaceitável de aumento das desigualdades, da pobreza e da fome”, disse. “A maior parte desses desafios, como sabemos, é de natureza global, e exige respostas coletivas. Não queremos importar para a região rivalidades e problemas particulares. Ao contrário, queremos ser parte das soluções para os desafios que são de todos”, destacou. Segundo o presidente, as experiências compartilhadas da região e de seu passado colonial devem servir para uma aproximação, e as diversas crises demonstram o valor da integração. Para o presidente, o diálogo com sócios extras regionais, ainda assim, é essencial. “Isso não significa que devemos nos fechar ao mundo. Salienta apenas que essa integração será feita em melhores termos se estivermos bem integrados em nossa região. Temos de unir forças em prol de melhor infraestrutura física e digital, da criação de cadeias de valor entre nossas indústrias e de mais investimentos em pesquisa e inovação em nossa região”, disse o presidente, citando ainda que a estratégia de desenvolvimento deve garantir direitos fundamentais e combater a fome, a pobreza e as desigualdades de gênero. “É preciso trabalhar para que a cor da pele deixe de definir o futuro de nossos jovens”, argumentou. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante sessão de abertura da 7ª Cúpula da Celac – Ricardo Stuckert/ PR Lula está em viagem à Argentina, a primeira internacional após tomar posse no cargo. Ontem (23), teve encontro com o presidente do país, Alberto Fernández, para retomada das relações bilaterais. Também nesta terça-feira, se reúne com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, e com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel. Diálogo e cooperação Lula reafirmou o retorno do Brasil ao cenário internacional e disse que “nada mais natural do que começar esse caminho de retorno pela Celac”. Com a troca de governo, o Brasil está voltando a integrar o grupo, após três anos de afastamento do mecanismo. “É com muita alegria e satisfação muito especiais que o Brasil está de volta à região e pronto para trabalhar lado a lado com todos vocês, com um sentido muito forte de solidariedade e proximidade”, disse Lula, citando ainda outras organismos de cooperação como o Mercosul e a Unasul. Durante seu discurso de abertura na reunião, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, deu boas-vindas aos representantes dos 33 países que fazem parte da Celac e pediu uma salva de palmas para celebrar a volta do Brasil. “Uma Celac sem o Brasil é uma Celac muito mais mais vazia. Sua presença hoje nos completa”, disse, se dirigindo a Lula. A reunião encerrou a presidência pro tempore da Argentina na Celac. Quem assume agora é São Vicente e Granadino.

AGU pede bloqueio de bens de 40 presos em flagrante nos atos golpistas

POR: AGÊNCIA BRASIL A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou hoje (24) na Justiça Federal em Brasília nova ação para bloquear bens de investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Na ação, a AGU quer a indisponibilidade do patrimônio de 40 pessoas físicas que foram presas em flagrante no dia dos ataques aos prédios dos Três Poderes.. A AGU sustenta que a medida é necessária para reparar os prejuízos causados pelos acusados que participaram ativamente da depredação das instalações do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). Caso a medida seja aceita pela Justiça, o bloqueio ocorrerá sobre imóveis, veículos e contas bancárias. Ações Na semana passada, a AGU pediu havia pedido o bloqueio de R$ 18,5 milhões de bens de 52 pessoas e sete empresas acusadas de financiar os atos por estarem ligadas ao fretamento de ônibus que levaram radicais de outros estados até Brasília. O valor bloqueado continua o mesmo, já que é a estimativa dos prejuízos causados pelos ataques. A quantia pode aumentar, caso alguma das instituições atingidas relate mais danos materiais.. Os número de pessoas alvo de pedidos de bloqueio deve aumentar, à medida que cada caso seja processado. Segundo a AGU, a ideia é entrar com diferentes ações cautelares, evitando o acúmulo muito grande de réus em apenas um processo, o que poderia prejudicar o andamento do processo. O órgão pediu que o mesmo juiz julgue todas elas, evitando decisões conflitantes. Os 40 alvos da ação aberta nesta terça-feira estão presos preventivamente por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Seus nomes não foram divulgados pois a AGU pediu sigilo do processo. A justificativa é que, neste caso, há medidas investigativas em curso que podem ser prejudicadas com a divulgação das identidades dos investigados. No novo pedido, a AGU alegou que os réus participaram da materialização dos atos de invasão e depredação de prédios públicos federais “tanto que em meio a esses atos foram presos em flagrante como responsáveis pelos atos de vandalismo nas dependências dos prédios dos três Poderes da República”. Atos antidemocráticos Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país para depor o governo eleito democraticamente. As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. *Colaborou Felipe Pontes. Matéria ampliada às 17h08

Mais de mil indígenas Yanomami em estado grave foram resgatados nos últimos dias, diz secretário

POR: G1 Mais de mil indígenas em estado de saúde grave foram resgatados da Terra Indígena Yanomami nos últimos dias por equipes do Ministério da Saúde que atuam de forma emergencial comunidades dentro da reserva. A estimativa é do secretário de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, divulgada nesta terça-feira (23) em coletiva à imprensa em Boa Vista. As equipes estão na reserva desde o dia 16 de janeiro para atuar frente à desassistência sanitária no território. Os indígenas sofrem, principalmente, com malária e com desnutrição grave, afirma Tapeba. “Nós acreditamos que mais de mil indígenas foram resgatados nesses últimos dias do território para não morrer”, afirmou. Em uma semana, o único hospital infantil do estado recebeu 29 crianças Yanomami doentes. Os indígenas são resgatados das comunidades onde vivem e levados ao posto de Surucucu, uma unidade considerada de referência na região, mas que se resume a um barracão de madeira de chão batido e com estrutura precária. De lá, os quadros gravíssimos são encaminhados para Boa Vista. O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, disse que, só no domingo (22), foram resgatados 26 crianças e dois adultos foram resgatados durante a missão do Ministério da Saúde. O trabalho tem o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB). Secretário de Saúde Indígena (Sesai)Weibe Tapeba, em coletiva de imprensa no dia 24 de janeiro de 2023 — Foto: Rayane Lima/g1 RR Ele disse ainda que os dados sobre os indígenas resgatados mudam conforme os dias se passam e é provável que o número aumente ainda mais, tendo em vista que há regiões do território que ainda não receberam os agentes de saúde. O secretário voltou a falar que os indígenas vivem em “situação de guerra”. “É uma operação que envolve uma complexidade muito grande, uma estrutura, uma logística e nós precisamos cobrir todo o território, principalmente aquelas comunidades que estão muitas vezes refém das ações dos garimpeiros”, disse o secretário em coletiva. Na coletiva, Weibe Tapeba também falou em realizar uma auditoria interna para investigar os contratos de medicamentos e de realização de voos feitos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), responsável pelo atendimento direto aos indíegnas. “Pretendemos implantar aqui uma auditoria interna pra acompanhar essas questões do contratos. É um absurdo a gente pensar nessa possibilidade, de desvio de recursos para medicamentos, por exemplo. Estamos acompanhando um cenário bem complicado também no contrato de horas voos, que é o principal aqui do Distrito. A gente não pode pensar desse serviço ser paralisado”, destacou. Crianças yanomami sofrem com desnutrição — Foto: Júnior Hekurari/Arquivo Pessoal Clima de guerra O secretário relatou ao g1 que chegou a ver garimpeiros armados enquanto participava do resgate de pacientes em estado grave de saúde na comunidade de Cachoeira, na Terra Indígena Yanomami. Tapeba afirmou que, naquele dia, o resgate na comunidade dominada pelo garimpo só foi possível por conta do apoio de segurança da Força Área Brasileira. O secretário comparou a operação de resgate dos indígenas à uma guerra. Agora, ele planeja instalar um hospital de Campanha dentro da reserva para atender as dezenas de pessoas doentes, principalmente com malária e desnutrição. Secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba acompanhou um dia de resgates na Terra Yanomami — Foto: Caíque Rodrigues/g1 RR Tapeba passou um dia na região de Surucucu. Ele retornou a Boa Vista nessa segunda. No domingo (22), acompanhou de perto a situação de indígenas com quadro grave de desnutrição em comunidades dominadas pelo garimpo – a atividade ilegal é a principal causa da crise sanitária no território, e também em polos de saúde sem infraestrutura básica para atender os doentes. “Tudo essa crise é reflexo do garimpo e do garimpeiro, não tem como não ser. Nós temos cerca de 30 mil indígenas Yanomami e mais de 20 mil garimpeiros. Se não fosse os garimpeiros, os indígenas Yanomami certamente viveriam livres e autossuficientes como viviam antes”. Após o resgate das crianças e adultos, eles foram levados para o polo base de Surucucu, que é uma unidade considerada de referência na região, mas que se resume a um barracão de madeira de chão batido e com estrutura precária. Visita de Lula   Presidente Lula esteve em Roraima e falou das ações para enfrentar crise sanitária na sáude Yanomami: ‘desumano o que vi’ — Foto: Caíque Rodrigues/g1 RR Tapeba chegou a Roraima no sábado (21). Ele estava na comitiva de Lula (PT), que viajou ao estado para ver de perto a desassistência aos Yanomami. O presidente se surpreendeu com o que encontrou. “Se alguém me contasse que em Roraima tinham pessoas sendo tratadas dessa forma desumana, como vi o povo Yanomami aqui, eu não acreditaria. O que vi me abalou. Vim aqui para dizer que vamos tratar nossos indígenas como seres humanos”, disse Lula. “É um cenário de muita guerra. O que a gente viu ontem é de partir o coração”, reforçou Tabepa sobre a grave crise sanitária enfrentada pelo povo Yanomami.   Para buscar solução à crise sanitária Yanomami, o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública. Lula também criou o Comitê de Coordenação Nacional para discutir e adotar medidas em articulação entre os poderes para prestar atendimento a essa população. O plano de ação deve ser apresentado no prazo de 45 dias, e o comitê trabalhará por 90 dias – prazo que pode ser prorrogado. Com a visita de Lula a Roraima para tratar sobre a crise sanitária, a dramática situação do povo Yanomami se tornou um dos assuntos mais comentados do país no Twitter. Muitas pessoas, ao verem as imagens das vítimas, chamaram de “barbárie” e “descaso”. Saúde dos indígenas   Maior reserva indígena do Brasil, a Terra Yanomami registra nos últimos anos agravamento na saúde dos indígenas, com casos graves de crianças e adultos com desnutrição severa, verminose e malária, em meio ao avanço do garimpo ilegal. Só em 2022, segundo o governo federal, 99 crianças Yanomami morreram – a maioria por desnutrição, pneumonia e diarreia, que doenças evitáveis. A estimativa é que, ao todo no território, 570 crianças morreram nos últimos quatro